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Filipe Nyusi alarga estado de emergência em Moçambique até 30 de maio

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, decidiu estender por mais 30 dias o estado de emergência devido à pandemia da Covid-19 que continua a alastrar-se no país. A medida vai vigorar até 30 de Maio.

A par da ampliação do estado de emergência, Filipe Nyusi pediu mais rigor no cumprimento das medidas adotadas, com destaque para a “criação de cordões sanitários para travar a propagação da Covid-19”, nas regiões onde se registam mais casos da doença.

Por outro lado, defendeu “reforçar a quarentena domiciliar e uso obrigatório de máscaras em todos os locais de concentração popular”, bem como “limitar a circulação interna de pessoas”.

Ao pronunciar-se nas três das línguas locais mais faladas no país, Nyusi apelou aos moçambicanos a “ficar em casa”, para além de reiterar a necessidade de “limitar os eventos públicos e inadiáveis como funerais para no máximo 20 pessoas”.

“Único propósito é salvar vidas humanas”, reiterou Filipe Nyusi. O Presidente da República referiu-se ao fato de no período inicial do estado de emergência não ter reduzido a circulação de pessoas, sobretudo para quem precisa trabalhar para comer, tendo por conseguinte apelado “ao setor informal para maior consciência sobre as medidas de prevenção”.

“Sabemos que as medidas são difíceis para as empresas e trabalhadores, mas este é o momento de nos unirmos para um bem maior que é a vida”, reiterou Filipe Nyusi para depois assegurar que “as Forças de Defesa e Segurança vão continuar a fazer vigilância para garantir o cumprimento das medidas”.

O impacto negativo da pandemia e as medidas tomadas no setor econômico do país não passou despercebido para o Presidente, que deu conta de que o seu Executivo está “a fazer de tudo para aliviar as consequências das medidas nas empresas”.

O Chefe de Estado reiterou o apelo para o envolvimento de todos moçambicanos nesta luta e no cumprimento das medidas afirmando que “esta pandemia pode ser derrotada, mas requer a nossa ação coletiva, disciplina e tolerância”.

No início da sua comunicação, Nyusi considerou os profissionais de saúde como sendo “heróis mascarados” e agradeceu a todos os moçambicanos por terem acatado a vigência do estado de emergência decretado a 30 de março quando o país tinha oito casos positivos.

“Uma palavra de apreço às empresas que, mesmo com as dificuldades, continuaram a produzir bens e serviços”, disse Filipe Nyusi para depois acrescentar que “o Governo conclui que na generalidade o grau de cumprimento das medidas requer um esforço de todos moçambicanos”.

Apesar das medidas adotadas, o país regista 76 casos da Covid-19, com nove pessoas recuperadas.

No entanto, assiste a um aumento de casos de transmissão local particularmente na província de Cabo Delgado, onde há um certo abrandamento no cumprimento das medidas.

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