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África, o berço do conhecimento. Parte 1

Você sabia,

Que a África é o berço do conhecimento? Parte 1

O Egito faraônico deixou valiosas contribuições à humanidade, que podem ser verificadas em diversos campos, como a história, a economia, a ciência, a arte e a filosofia.

Um dos mais antigos e notáveis avanços da civilização egípcia verificou-se no campo da economia. Ao final do Neolítico, em torno de 5000 A.C., os antigos egípcios transformaram gradualmente o Vale do Nilo, permitindo que seus habitantes passassem de uma economia de coleta a uma economia de produção de alimentos; essa importante etapa do desenvolvimento do vale trouxe grandes consequências materiais e morais. O desenvolvimento da agricultura possibilitou aos antigos egípcios adotarem uma forma de vida aldeã, estável e integrada, o que, por sua vez, afetou seu desenvolvimento social e moral, não apenas no período pré-histórico, mas também durante o período dinástico. O legado material compreende o artesanato e as ciências (geometria, astronomia, química), a matemática aplicada, a medicina, a cirurgia e as produções artísticas; o cultural abrange a religião, a literatura e as teorias filosóficas. A contribuição do antigo Egito à produção artesanal aparece nos trabalhos em pedra, mas também no artesanato em metal, madeira, vidro, marfim, osso e muitos outros materiais.

A cultura precoce do linho fez com que muito cedo os egípcios adquirissem grande habilidade na fiação manual e na tecelagem. Para os faraós, os tecidos constituíam um produto de troca particularmente apreciado no exterior. As indústrias de madeira, do couro e do metal aperfeiçoaram-se, e os seus produtos conservaram-se em boas condições até nossos dias. Os antigos egípcios tinham um talento especial para tecer junco selvagem, confeccionando esteiras, e a fibra da palmeira possibilitou a produção de redes e cordas resistentes.

Uma das indústrias mais importantes do antigo Egito foi a do papiro, de invenção autóctone. Nenhuma outra planta teve, no Egito, papel tão significativo. As fibras do papiro eram usadas na fabricação ou calafetagem de embarcações e na confecção de pavios de candeeiros a óleo, esteiras, cestos, cordas e cabos. Vinte folhas de papiro, unidas enquanto ainda úmidas, formavam um rolo de 3 a 6 m de comprimento. Vários rolos podiam ser unidos de modo a formar uma unidade de 30 ou 40 m de comprimento; tais rolos constituíam os “livros” egípcios. Eram segurados com a mão esquerda e desenrolados à medida que se fazia a leitura. O herdeiro direto desse rolo é o “volume” da Antiguidade Clássica. O papiro foi, sem sombra de dúvida, um dos maiores legados do Egito faraônico à civilização.

 

Fonte: Síntese da Coleção História Geral da África, Vol. 1

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